domingo, 29 de março de 2009

Senta que lá vem história...



Aquele casarão tinha algo de estranho. Não era habitado há muitos anos. Tinha uma aparência medonha. Ficava no meio de uma cidadezinha do interior chamada Laranjeiras. Era uma construção dos tempos do café, era herança da dinastia patriarca dos Borgonha de Amaral, uma das famílias mais ricas da elite paulista, que acabou falindo com a crise cafeeira e foi obrigada a vender suas propriedades.
O casarão era imenso, tinha os portões dourados, um jardim deslumbrante. Dizem que por dentro, é ainda mais bonito. Mas ninguém nunca teve coragem de ir lá conferir.
Diz a lenda, que após a crise do café e falência dos Borgonha de Amaral, a casa foi comprada pelos pais de uma jovem que acabara de se casar. Este teria sido seu presente de aniversario. Catarina, era uma jovem moça de uma beleza indiscutível e uma mente brilhante. Um futuro promissor, sem dúvidas, não fosse a tuberculose que lhe derrubou em sua lua de mel. A doença evoluiu pra um estágio mais sério muito rapidamente. Justo quando Catarina havia descoberto que estava grávida.
Não demorou muito tempo até Catarina falecer. Com ela seu único filho que sequer chegou à nascer. O marido desesperado se suicidou logo depois.
Poderiam ter sido uma linda família. No entanto, ao que tudo indica, nem a morte fora capaz de cessar o sofrimento que Catarina foi submetida pela tuberculose e pela dor de levar consigo seu feto ainda tão indefeso.
Desde então o casarão está lá. Abandonado. Todas as tentativas de compra foram frustradas. Pois ainda hoje Catarina chora pelos quartos suas dores, enquanto seu marido arremessa vasos e pratos contra as paredes, lamentando a perda da mulher amada e de seu único filho, maldizendo qualquer intruso que ouse atravessar os limites do portão dourado.
Há quem diga que foi praga lançada pelos Borgonha de Amaral ao ter que se desfazer da mansão. Há quem diga que é apenas mais uma história...





Continua...(?)

domingo, 22 de março de 2009

Cativando ;)


...E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia- disse a raposa.
- Bom dia- respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui- disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? -perguntou o principezinho- tu és bem bonita...
- Sou uma raposa- disse a raposa.
- Vem brincar comigo- propôs o principezinho- Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo- disse a raposa- Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa- disse o principezinho-que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida- disse a raposa- significa "criar laços"
- Criar laços?
- Exatamente!- disse a raposa- Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo... - disse a raposa -minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor... cativa-me!- disse ela.
- Bem quisera- disse o principezinho- mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou- disse a raposa -os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? -perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente- respondeu a raposa - tu te sentarás primeiro longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentará mais perto...
Assim o principezinho cativou a raposa. Mas quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é sua- disse o principezinho- eu não te queria fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis- disse a raposa.
- Mas tu vais chorar!- disse o principezinho.
- Vou- disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada!
- Eu lucro- disse a raposa- por causa da cor do trigo.
- Adeus- disse ele...
- Adeus- disse a raposa -eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos. Os homens esqueceram essa verdade, -disse a raposa- mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.



Extraido do livro "O Pequeno Príncipe".

Oi geeente :) eu to meio sumida, porque to estudando muito esse ano, pra não passar pelo mesmo sufoco do ano passado! Escrevi muita coisa num caderno e preciso passar pra ca. Logo farei isso! Um beeeeeeeeijo pra vocês!

sexta-feira, 20 de março de 2009

Você mudou...



"Você não é mais o mesmo, você mudou pra valer..Eu sinto um frio que vem do seu coração mesmo nesse sol de verão Apenas um suspiro e um olhar perdido..Por que as coisas são assim? Estamos perto um do outro mas você está longe de mim.."

Você mudou... Olho pra você e já não te reconheço. Eu já não me reconheço... Eu tentei me adaptar à você. Eu vivi você. Respirei você. Te amar se tornou minha prioridade. A minha vida gira em torno de você. E agora somos mais amigos que namorados. Somos mais estranhos que amigos. Não somos. Esse é o problema.


Apesar de tudo continuarei a te amando..

pra sempre..
: (

quarta-feira, 4 de março de 2009

Precisa-se de uma amiga ;D



Preciso de alguém que me olhe nos olhos quando falo.
Que ouça as minhas tristezas e neuroses com paciência.
E, ainda que não compreenda, respeite os meus sentimentos.

Preciso de alguém que venha brigar ao meu lado sem precisar ser convocado;
alguém Amiga o suficiente para dizer-me as verdades que não quero ouvir, mesmo sabendo que posso odiá-la por isso.

Nesse mundo de céticos, preciso de alguém que creia nessa coisa misteriosa, desacreditada, quase impossível: a Amizade.

Que teime em ser leal, simples e justo, que não vá embora se algum dia eu perder o meu ouro e não for mais a sensação da festa.
Preciso de uma Amiga que receba com gratidão o meu auxílio, a minha mão estendida.
Mesmo que isto seja muito pouco para suas necessidades.

Preciso de uma Amiga que também seja companheira nas farras, nas guerras e alegrias, e que no meio da tempestade, grite em coro comigo:
'Nós ainda vamos rir muito disso tudo', e ria muito.

E encontrei você, minha amiga verdadeira, que torna a vida mais simples,bela e feliz!

*Pra uma das melhores amigas que cruzaram o meu caminho